Aline Sanches

Curso: Medicina

Qual a sua relação com a LIASE?
"Participei da fundação da liga e da diretoria no cargo de presidente de 2016-2 a 2017-1".
 
Como se deu o processo de fundação da liga e como foi a sua participação?
"O processo de fundação da liga foi bem interessante. Inicialmente outros colegas de curso que haviam participado da disciplina Saúde e Espiritualidade se mostraram interessados e procuraram o professor Alexandre Barra com a ideia de fundá-la. Nessa época eu estava cursando a disciplina e soube que esses alunos estavam se mobilizando para isso, então me informei e entrei em contato com eles. Fui muito bem recebida, era um grupo bastante engajado e interessado em fazer dar certo. Alguns traziam experiências de outras ligas, o que facilitou o processo. Após o desenvolvimento e a aprovação do estatuto, a liga estava fundada e o desafio apenas começando. Nem todos os colegas que participaram da fundação puderam continuar na diretoria, mas conseguimos formar uma equipe comprometida em fazer dar certo. Não digo que foi fácil, porque tudo aquilo que é desconhecido costuma gerar medo e insegurança, mas encaramos com amor e muita vontade de fazer dar certo. Conheci pessoas maravilhosas, cresci muito nesse período. Tivemos o apoio total do professor Alexandre, a quem tanto estimo, grande exemplo de caráter e profissional. Além disso outros professores sempre estiveram conosco, como a professora Gabriela e o professor Gustavo. Saber que tínhamos esse apoio foi fundamental. Acima de tudo, aprendi o que trazemos como lema da LIASE, que 'nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos'. Coordenar um trabalho em equipe não é fácil, mas quando somamos as nossas diferenças, só temos a ganhar".
 
Quais as suas expectativas em relação às atividades realizadas pela LIASE? E quais os maiores desafios a serem enfrentados?
"Vejo a LIASE como uma filha. Plantamos uma sementinha tímida e devagarinho vamos colhendo os frutos. Minhas expectativas são as melhores possíveis, espero que a liga consiga conquistar o seu espaço na UFOP e também fora dos muros da universidade. A inclusão do tema espiritualidade no meio acadêmico ainda não é vista com bons olhos por muitas pessoas. Há muito desconhecimento, o que gera o preconceito e o desinteresse. Mas precisamos fazer a nossa parte, precisamos abordar a espiritualidade na saúde. Os trabalhos científicos nos mostram dados relevantes, tivemos um crescimento muito grande de pesquisas na área. Penso que o profissional da atualidade e do futuro terá que obrigatoriamente dominar essa abordagem, é uma demanda do mundo contemporâneo e isso não podemos negar. Esse é o maior desafio, mas temos outros, como a continuidade do trabalho. A cada ano a diretoria é renovada, então precisamos manter sempre pessoas engajadas e motivadas coordenando a liga, para que consigamos manter essa chama acesa".
 
Você acha que a liga foi bem recebida pela comunidade acadêmica?
"Acredito que sim. Como já existia a disciplina eletiva de Saúde e Espiritualidade na UFOP, a criação da liga veio como uma continuidade desse trabalho. Já no primeiro processo seletivo tivemos mais inscritos que esperávamos, foi legal. Sabemos que o nosso trabalho ainda é novidade para muitas pessoas, mas não tenho nada a reclamar da receptividade da liga na nossa universidade".
 
Deixe uma mensagem às pessoas que ainda não participam da LIASE e aos ligantes que já estão envolvidos nas atividades da liga.
"A LIASE é só amor. Minha relação com a liga é bem íntima, talvez pelo autoconhecimento que tudo isso me proporcionou. Oficialmente não faço mais parte da LIASE, mas acredito que nunca vou me desconectar. Eu desejo a todos que participam atualmente que vivenciem esse potencial que existe no trabalho da LIASE, sejam engajados, estudem, corram atrás. Tem muita gente legal na UFOP, nossa universidade nos oferece uma boa estrutura para a realização de muitas atividades, é só se informar. Sei que com tantas outras atividades acadêmicas o nosso tempo é curto, mas façam bom uso dele. Não só os alunos da medicina, mas de todos os cursos da UFOP. Nossa maior alegria é ver a união de pessoas de diferentes áreas, é uma troca muito rica. Para vocês que não conhecem o nosso trabalho, venham ver um pouco do que fazemos. Temos processo seletivo todo semestre, tenho certeza que não vão se arrepender!".